quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PCdoB na luta faz história

São poucos os partidos políticos que podem se orgulhar de sua história. Com o partido comunista do Brasil é diferente. Desde a sua fundação, os princípios de solidariedade e a “crença” em uma sociedade justa e igualitária foram os pilares que nortearam a trajetória dos comunistas. A historia do partido se confunde com a história do povo brasileiro pela sua independência e soberania nacional.
O partido nasce no período bastante revolucionário, em 25 de março de 1922. No incio do século XX, teremos a Semana das Artes Modernas, O Levante dos 18 do Forte, Coluna Prestes entre outros acontecimentos que marcaram a história do Brasil. Neste sentido, podemos dizer que o partido comunista do Brasil é filho de um período contestatório e genuinamente nasce no berço da classe trabalhadora.
Em decorrência do Levante dos 18 do Forte, o país entra em estado de sítio, logo o partido comunista do Brasil é posto na ilegalidade. Foi quase sempre a mesma coisa na trajetória do partido, quando o governo sentia-se ameaçado a vitima preferencial era os comunistas, até então nada mais que justificável atacar o partido, pois o governo de fardas precisava combater o povo, o único que poderia derrotá-lo, ou seja, nada mais justo do ponto de vista do governo do que jogar suas garras nos legítimos formadores de uma consciência nova para o setor marginalizado da sociedade.
No Estado Novo o partido é duramente atacado pela ditadura de Getulio Vargas. A ditadura Vargas elege como inimigo a ideologia comunista, que para o então presidente era mais uma ideologia estrangeira que contrariava a política nacionalista do Estado Novo. Foram varias as formas de repressão ao partido, prisão de militantes, cassação de mandatos de deputados e vereadores, expulsão de comunistas estrangeiros que militavam no partido, assassinato de membros do partido, enfim, tudo para calar a voz do partido comunista do Brasil.
Antes do golpe militar, no início da década de 60, era grande a mobilização política no Brasil. A renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961 gerou certa instabilidade e permitiu que forças conservadoras tentassem impedir a posse do seu vice João Goulart. A proposta do presidencialismo contra o parlamentarismo acabou vencendo, após plebiscito popular, permitindo a posse de Jango. As propostas de reformas de base do novo governo, entre elas, a reforma agrária e educacional, passaram a ser acusadas de inspiração comunista. O movimento social também era crescente. Sindicatos de categorias estavam organizados. Floresciam as Ligas Camponesas. Isso tudo, num país cheio de contradições e com muitos desafios pela frente.(Guedes, Ana. Art. 28 de agosto sitio vermelho).
O PCdoB foi fundamental para a mobilização das massas neste período, sendo não por acaso o primeiro partido a ser posto na ilegalidade após o golpe militar, tendo boa parte da direção nacional presa nos porões da ditadura militar, onde vários camaradas não resistiram e morreram. Muitos camaradas do partido foram “fichados” no DOPS (Departamento de ordem política e social) e quantos não foram torturados no DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna).
Neste contexto de repressão, vamos presenciar a “Chacina da Lapa”. Há 33 anos, em São Paulo, durante uma operação executada pelos órgãos de repressão da Ditadura militar, agentes do Exército assassinaram três dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e prenderam outros seis militantes. Os dirigentes assassinados no dia 16 de dezembro de 1976 eram Pedro Ventura de Araújo Pomar, Angelo Arroyo e João Baptista Franco Drummond. Pomar, de 63 anos, fora deputado federal (1947-1951). Arroyo foi um dos comandantes da Guerrilha do Araguaia (1972-1974). Drummond, o mais novo, pertencia à Ação Popular Marxista Leninista (APML) quando esta se fundiu com o PCdoB, no início dos anos 70. O episódio ficou conhecido como Chacina da Lapa, porque o desfecho da operação foi o ataque a tiros à casa 767 da Rua Pio XI, no bairro da Lapa, onde o Comitê Central do PCdoB esteve reunido entre os dias 11 e 15 de dezembro de 1976.
Nos inicio da década de 80 o PCdoB foi fundamental para a redemocratização do Brasil, na conhecida campanha pelo voto direto, as diretas já! Esteve presente em apoio ao presidente Lula nas eleições de 1989, 1994,1998 onde o então presidente do Brasil foi derrotado. Com a vitória de Lula em 2002, os comunistas também foram vitoriosos e fazem parte de um projeto para o desenvolvimento do Brasil, com independência e soberania nacional. Hoje ocupamos lugar destacado no cenário político, onde o pcdob está é respeitado, pois são poucos os partidos políticos que tem história para contar em defesa de uma sociedade justa, humana e solidária. O pcdob se orgulha de ser de luta e de ter história. E aqueles que tentaram calar a voz do partido, hoje amarga o desprazer de ver o crescimento do pcdob e a sua influencia política. Viva o Partido Comunista do Brasil! Viva o Povo brasileiro!


Agno Meira
Membro do diretório municipal do PCdoB de Brumado. Formado em História pela Universidade do Estado da Bahia-UNEB, Campus VI Caetité-Ba.

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