quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Biodiesel: sucesso do programa antecipa aumento de mistura

O governo formalizou ontem (23) a decisão de antecipar para janeiro do ano que vem o aumento da mistura de biodiesel no diesel dos atuais 4 por cento para 5 por cento, o chamado B5. As novas regras foram antecipadas em razão do sucesso do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), cujo objetivo é promover a inclusão social e o desenvolvimento regional.
A medida deve elevar a produção de biodiesel no Brasil para 2,4 bilhões de litros em 2010. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou, durante a solenidade de formalização da nova mistura, que o país não deve ficar dependente do óleo de soja como principal matéria-prima para o combustível.

"Nós não temos o direito de ficarmos dependentes da soja. Será um ledo engano e nós iremos começar a perder politicamente o que ganhamos até agora, porque a soja é um alimento e tem 1 bilhão de seres humanos passando fome no mundo", afirmou.

A questão do uso de alimentos para a produção de biocombustíveis tem gerado críticas pelo mundo afora, e o governo quer evitar essa associação para o biodiesel nacional.

"É preciso que a gente comece a pesquisar e investir em novas oleaginosas, para que a gente tenha uma diversificação muito grande na produção do biodiesel", disse Lula, que defendeu o uso do óleo de soja apenas como elemento regulador do mercado, em momentos de oferta escassa de outros produtos.

O programa de biodiesel no Brasil foi lançado como alternativa de produção para agricultores familiares e apostando em produtos como a mamona, mas o uso do óleo de soja cresceu e hoje é uma das principais matérias-primas do setor.

O presidente cobrou que a Petrobras Biocombustíveis, que é responsável pelas compras de biodiesel no Brasil, assuma a iniciativa de buscar a diversificação das matérias-primas para o biodiesel.

"A minha preocupação é que se amanhã o preço da soja subir muito e a China quiser comprar muito mais, nós poderemos começar a ter problemas", disse Lula.

Com a efetivação do B5 na mistura do biodiesel ao diesel brasileiro, espera-se, também, uma resposta da agricultura familiar, responsável por parcela significativa de matérias-primas adquiridas pelas empresas produtoras de biodiesel. Números consolidados da safra 2007/2008 mostram cerca de 31 mil famílias contratadas e fornecedoras de insumo para a produção de biodiesel.

texto extraido de www.vermelho.org.br (na integra)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O tamanho da direita na câmara dos deputados

O episódio da CPI do MST no Congresso Nacional, serve para nos dá um parâmetro do tamanho da direita ocupando aquele poder colegiado e nos dar uma radiografia das agremiações partidárias em que os representantes da elite oligárquica estão alojados.

Segundo o portal vermelho, dos 185 deputados que assinaram a lista pedindo a CPI, 117 são da oposição e 68 são da base do governo os partido da base que assinaram a lista estão o PMDB (9% de seus deputados), PDT (10% de seus deputados), PP, PR, PSC, PTB e PV tem entre 13% e 39% de suas bancadas entre os deputados que querem criminalizar os Movimentos de Luta pela Terra. Na oposição se destacam o PPS e PSDB (com 100% se seus deputados) e DEM (88 % da bancada assinaram a lista).

Tal fato serve para chamar a atenção da sociedade de que, em que pese termos eleito um presidentes da republica progressistas, comprometidos em fazer algumas políticas de interesse dos menos favorecidos, é latente que além do poder judiciário, também no legislativo a direita ainda tem muito poder.

Em 2010 teremos eleições para o executivo e do legislativo da esfera nacional e estadual, esta é a oportunidade de darmos continuidade nas mudanças em que o pais vem passando a caminho de se tornar uma grande potência mundial, no entanto se não tivermos cuidado as forças retrogradas ligadas a direita elitista e latifundiária irá continuar empentelhando e botando “olho gordo” no crescimentos do Brasil, já que durante os 500 anos que estiveram a frente do governo só souberam fazer papel de capacho, entregando as nossas riquezas, abaixar a cabeça e se curvando aos mandos externos.

O MLT conclama o povo a dar a resposta nas urnas, elegendo deputados que representam os interesses nacionais, que defenda os direitos do povo e que acima de tudo, ajuda na condução do Brasil para a sua vocação natural, o de um país rico com melhor distribuição de suas riquezas e melhor distribuição se suas terras.

Abaixo a Direita retrograda, vivo o Brasil.
Lutar, Conquistar. Reforma Agrária Já!

Aldenes Meira Santos.
Estudante de Agronomia pela UESC e
Coordenador Estadual do MLT

Procura-se Dr. Adailton Miranda, uma mente brilhante a favor do povo de Brumado.

OBS: Na ultima semana recebi um e-mail, de uma pessoa que se apresentava como ex-petista e advogado. O e-mail vinha com um artigo que falava sobre o fisiologismo do diretório do partido dos trabalhadores em Brumado. O artigo fazia criticas aos companheiros Fradinho e o Senhor Salvador da Farmácia. Porém informações nos dizem que o tal Adailton Miranda não existe, é um codinome. Em resposta escrevo este sarcástico artigo.

O meio político brumadense está à procura do ex-petista e Advogado Doutor “Adailton Miranda”. O mesmo se encontra desaparecido há quanto tempo nós não sabemos. Porém, os brumadenses estão ansiosos por conhecer esta personalidade que soube mais do que ninguém, retratar a conjuntura política de nossa cidade, com pinceladas certeiras típicas dos grandes homens de nossa história. Doutor “Adailton Miranda”, ficou conhecido pela suposta “elite pensante” brumadense pelo brilhante artigo escrito “por ele mesmo”, onde abordava o fisiologismo do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Brumado. As criticas do nosso Adailton Miranda, é embasada na ética, haja vista, que Dr. Adailton Miranda não tem partido político, é imparcial, ou seja, é o intelectual que o Brasil precisa para resolver todas as mazelas e as injustiças causadas ao longo de nossa história por uma elite atrasada e prepotente.
Reconheço também que estou à procura do ex-petista e advogado, Dr. Adailton Miranda, pois tamanha moral e ética nos espira a fazer parte desta corrente em favor de uma Bramado mais feliz, justa e sem fisiologismo. Fonte verídica nos revelou que o tal Dr. Adailton Miranda esteve nos últimos dias morando na Terra do Nunca, onde as crianças não crescem, onde a infância permite toda e qualquer atrapalhada. Acreditamos que foi neste mundo de fantasias, onde tudo é permitido, que o Dr. Adailton Miranda se formou, lá o nosso advogado defendeu as causas dos oprimidos e injustiçados, tendo como pilar de sua advocacia a “ética e a moral”.
Dr. Adailton Miranda em sua tese de Doutorado, na Universidade da Terra do Nunca, defendeu com tamanha maestria os jovens estudantes e sindicalistas que lutavam contra o regime militar imposto pelo Capitão Gancho. Naquele momento de infelicidade do povo da “Terra do Nunca”, o Dr. Miranda, relatou em sua tese de doutorado como os militantes da esquerda tinham que esconder sua verdadeira identidade, pois a perseguição do regime era cruel e infalível.
Usar codinomes foi algo muito comum entre os militantes da esquerda em todo o mundo, pois era uma tática de proteção do aparelho de luta conta o regime de fardas. Os opressores também usavam desta tática para infiltrarem nestes aparelhos e obterem informações que posteriormente serveria para o desmantelamento de sua organização.
Naquele contexto, usar codinomes não era modismo, mais sim, uma necessidade. Hoje muitas pessoas se escondem atrás de codinomes, para difamar, enganar e usar da boa fé dos cidadãos. O Dr. Adailton Miranda é um ferrenho critico desses covardes, haja vista, que o mesmo defende a ética acima de tudo.
Saindo do contexto da “Terra do Nunca” e, voltando para realidade infelizmente ou felizmente, não podemos deixar de comentar o quanto à política tem sido atacada pelo monopólio da mídia, como se fosse algo ruim, onde as pessoas de bem teria por obrigação de não se envolver. Acredito que a política seja algo bom, que todos os cidadãos deveria sim participar ativamente das decisões que é de interesse de todos. Porem em todo lugar existe o mau caráter, que engana, omite e simula uma realidade que não existe. Não estamos livres destes profetas da verdade.
Bom que existe o Dr. Adailton Miranda! O defensor da ética na política, o intelectual que esta a favor do povo do Brasil e especialmente de nossa querida Brumado. Sem Dr. Adailton Miranda o que seria dos marginalizados de nossa cidade, o que seria da política brumadense ?. Por favor, quem souber o paradeiro deste promissor intelectual, nos comunique, nos informe, pois não agüentamos mais um dia sem saber quem é e onde esta o nosso profeta.
Informações confidenciais dizem que o nosso querido e amado Dr. Adailton Miranda estará no encontro do PMDB jovem de Brumado que será realizado nos dias 16 e 17 de outubro de 2009 no clube dos Mineradores de Brumado. Esperamos que seja verdade esta informação e, que o discípulo do grande mestre da ética na política, o Senhor Ministro da integração Nacional Geddel Vieira Lima, traga uma mensagem otimista para a juventude brumadense, principalmente os que moram nos bairros periféricos, como Dr. Juraci; São Jorge; Baraúna; São Felix; Malhada Branca; Urbis II que não tiveram a oportunidade de ler o seu magnífico e extraordinário artigo.
Para terminar, e deixando o sarcasmo de lado, acredito que em Brumado as coisas tendem a mudar, o povo de nossa cidade não aceita mais tamanha falsidade e aqueles que enganaram e os que enganam até hoje a nossa cidade, terá futuramente a resposta nas urnas. Um outro mundo é possível e, para chegarmos a este mundo não precisamos usar as mesmas armas de nossos opressores, ao contrario, temos por obrigação de combatê-las.


Agno Meira
Licenciado em História pela Universidade do Estado da Bahia
Ex-presidente da União dos Estudantes de Brumado
Membro do Diretório Municipal do PCdoB de Brumado.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Os desejos ocultos de uma CPI anunciada

20 de outubro de 2009
Por Gilson Caroni Filho*
A nova operação da direita para viabilizar a instalação de uma CPI visando a investigar supostos repasses de recursos públicos a entidades vinculadas ao Movimento dos Sem Terra (MST) nada mais é que um embuste com objetivos nítidos: a criminalização dos movimentos sociais e, com um claro viés eleitoreiro, o desgaste do governo visando ao processo eleitoral de 2010.
O eixo central da ação da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), ex-presidente da UDR, é retroceder o processo democrático a níveis anteriores ao do governo petista. Com apoio da grande imprensa, o que se pretende é o estabelecimento de uma agenda que aceite a imposição dos que gritam mais forte e que por mais de 500 anos mandaram no país.
Um projeto de poder que abandone o país moderno, dos segmentos novos da cidade, do operariado urbano e rural, dos pequenos e médios proprietários das classes médias, dos empresários modernos e progressistas para abraçar uma opção pelo passado. No que tem de mais retrógado, no que garante a preservação de práticas clientelistas e oligárquicas. No que nos torna um país severino.
A pesquisa do Ibope, encomendada pela CNA, “que constata a favelização dos assentamentos rurais do Incra” não vai de encontro apenas com os dados do Censo Agropecuário de 2006 que demonstram que a agricultura familiar é mais produtiva do que a tradicional e em grande escala. Vai além. Vai contra todas as classes e frações que sabem que sua sobrevivência depende de um país igualitário, solidário, a ser construído por uma intervenção decidida na questão da terra. Uma estrutura social equânime é o inferno de Caiado e Kátia Abreu. Para eles, o paraíso é o estado patrimonial que, como no tempo do Império, funcione como repassador de terras e do dinheiro do setor público para o privado. É com essa restauração que sonham diariamente.
Sob os holofotes da CPI, o que se quer manter é a luta contra a reforma agrária por parte de pecuaristas e dos que ganham com monoculturas extensas. Nos casos de desapropriações já decididas, apela-se, como sempre, para os amigos cartoriais, transferindo gado de uma fazenda para outra enquanto se pede revisão dos processos.
O aggiornamento da imprensa é peça fundamental dessa estratégia. Há mais de duas décadas, durante a eleição de Caiado para a presidência da UDR, o então vice-presidente da entidade, Altair Veloso, garantia que “os jornalistas da imprensa escrita são todos vermelhos. Os da televisão são todos homossexuais”. Hoje prevalece a afinidade de classe, e os vermelhos carregam nas tintas contra movimentos organizados, enquanto os homossexuais divulgam, no horário nobre de uma emissora paulista, editoriais contra Lula e o MST. O amadurecimento de pessoas e instituições é surpreendente. Revela pulsões que nunca ousaram dizer o nome.
Em entrevista à Agência Ibase, o líder sindical José Francisco da Silva, ex-presidente da Contag, disse que “houve avanços com o governo Lula, justiça seja feita. Fernando Henrique investiu R$ 2,3 bilhões no Pronaf. Lula já alcançou R$ 13 bilhões no decorrer de seis anos. Foi um bom investimento, mas é bom que se diga que o agronegócio recebe quase R$ 70 bilhões do governo e é a agricultura familiar que abastece o país, que gera empregos”. É uma distorção a ser corrigida.
Para Kátia e Caiado a correção aponta para outra direção: a da redução dramática da população rural, da formação de um contingente de semicidadãos entregues à própria sorte. Para eles, essa é a democracia possível. O padrão estético é coerente com a história dos antigos donos do poder.
Eldorado de Carajás é uma imagem a ser esquecida. Pés de laranja arrancados, um crime imperdoável.
*Gilson Caroni Filho é professor de sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro.

sábado, 17 de outubro de 2009

II CONFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO

Acontece, na próxima segunda (19), a II Conferência LIVRE de Comunicação na UESC.O evento tem por objetivo discutir a comunicação regional e encaminhar um posicionamento da sociedade, profissionais e interessados para a Conferência Estadual que ocorre nos dias 24 e 25 de outubro, em Salvador.A etapa estadual irá eleger delegados para a Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), que ocorre entre 14 e 17 de dezembro, em Brasília. Os delegados podem ser indicados por instituições e organizações sociais que se interessem pelo debate.O evento irá contar com a presença membros da Comissão Pró-conferência (CPC - BA), que vão expor e discutir o processo de construção da CONFECOM e as formas de participação.Informações do Centro Acadêmico de Comunicação Social - CACoS

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lula cita golpe de Honduras para defender a reforma da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exemplificou com o golpe de Honduras para defender uma reforma que fortaleça os organismos multilaterais. “Em Honduras, o que a OEA (Organização dos Estados Americanos) fez? Fez as reuniões, tomou as decisões, e simplesmente o golpista não atendeu a nada", argumentou Lula, ao comentar para a imprensa a escolha do Brasil para o Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira (15).

Lula em Floresta: reforma do conselho pode sair este ano"Se tivesse maior representatividade política, a ONU decidiria e os países cumpririam”, disse o presidente. Lula falou aos jornalistas durante visita às obras de transposição do Rio São Francisco, em Floresta, no sertão de Pernambuco, a 440 km do Recife.Lula lembrou que "há 15 anos o Brasil tem reivindicado uma reforma no no Conselho de Segurança da ONU". E declarou-se "muito otimista de que este ano nós iremos conseguir fazer uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, nos seus membros permanentes". A escolha do Brasil hoje, por 182 votos em 183, foi para um mandato de dois anos.“Se a ONU quiser voltar a ter representatividade, tomar as decisões e essas decisões serem executadas, ela tem que reformar o conselho e colocar outros países (como membros permanentes)”, disse Lula. O presidente usou uma metáfora para mostrar a situação do atual Conselho de Segurança da ONU, comparando-o a uma fruta madura. “Eu estou convencido de que esse negócio do conselho permanente da ONU está igual a uma fruta madura. Quer dizer, ela já está passando do ponto, daqui a pouco ela cai, e se os dirigentes da ONU, sobretudo os países que mandam no conselho, não aceitarem a reforma eles serão responsáveis pela fragilidade da ONU”, afirmou. Mas declarou-se otimista, esperando que o conselho passe por uma reforma ainda este ano.A diplomacia brasileira defende uma reforma do Conselho de Segurança que amplie o número de membros permanentes, hoje restrito a cinco países escolhidos de acordo com a geopolítica de logo após a 2ª Guerra Mundial (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França)."Nós estamos convencidos que a ONU está superada. A ONU de 1948 não representa a correlação de força existente no mundo hoje, nem geograficamente, nem politicamente, nem economicamente", sublinhou o presidente."É preciso que se leve em conta a participação dos países de vários continentes. A África pode ter um, dois ou três países representados; a América Latina pode ter um, pode ter dois; não tem como explicar o Japão estar fora, a Alemanha estar fora, não tem como explicar a índia estar fora", argumentou Lula.Lula defendeu ainda que o conflito palestino-israelense no Oriente Médio não pode ter como principal mediador os Estados Unidos. “A questão do Oriente Médio não pode ser um problema particular dos Estados Unidos. Quem deveria resolver o conflito entre judeus e palestinos é a ONU, mas, segundo ele, não o faz porque não tem força. O o que nós queremos é que a ONU tenha muita força”, avaliou.Da redação, com agências

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ministro lembra aos senadores que terra tem função social

A atualização dos índices de produtividade da terra está previsto em lei, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, nesta terça-feira (13), explicando que a resistência da bancada ruralista criou uma situação caricata. O Ministério Público Federal (MPF) me oficiou de que eu, como ministro, devo fazer cumprir a lei.“O tema índice de produtividade tem que ser tratado com equilíbrio e garantir que toda a terra esteja sendo bem utilizada, não para especulação financeira e sim para produção agrícola. É por isso que a Constituição garante índice de produtividade”, afirmou Cassel. Em meio ao debate entre o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, Plínio de Arruda Sampaio, e o ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Luiz Marcos Suplicy Hafers, o ministro destacou que o Governo Lula reconhece a importância dos dois lados envolvidos da questão – agronegócio e agricultura familiar – e busca solução para garantir a função social da terra – com produção e produtividade – sem conflito e sem violência. Ao mesmo tempo, alertou que o país ainda tem uma estrutura fundiária desigual e que a reforma agrária, que os países desenvolvidos fizeram no século 19, ainda não foi feita no Brasil.O ministro disse ainda que a terra não é um bem qualquer, como uma jóia, um carro, ela pertence ao dono, mas também pertence à nação, e deve produzir. Disse ainda que a proposta apresentada pelo governo de atualização dos índices de produtividade é resultado de trabalho intenso e números “confortáveis e adequados”, considerando os risco da atividades agrícola.Sem regrasEm sua fala, o ministro respondeu ao empresário do campo, Luiz Marcos, que disse que não precisava de regras definidas por burocratas para produzir. Luiz Marcos também queixou-se do governo ter “implicância” com o agronegócio. E que a discussão deveria ser sobre o conceito de índice de produtividade.O ministro rebateu, lembrando que a tentativa de discutir conceito é para desviar da discussão do índice, acrescentando que os índices de produtividade do Brasil, que é medido com base nos dados de 30 anos atrás, depõem contra o desempenho da agricultura brasileira. Plínio de Arruda Sampaio, ao contrário do ministro, não tentou contemporizar. Usando palavras fortes, como “malandros”, para definir os latifundiários brasileiros, pediu ao senadores que não aprovassem o projeto de lei que tramita no Senado, de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), com emenda da senadora e agropecuarista Kátia Abreu (DEM-TO), excluindo os Graus de Utilização da Terra (GUT). Pela proposta, já aprovada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária , será considerada propriedade produtiva aquela que atingir grau de eficiência conforme parâmetros fixados na lei. Atualmente, o assunto, que é regido pelo artigo 6º da Lei 8.629/93, considera propriedade produtiva aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente, no caso o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Potencial perdidoAo defender a atual legislação, Plínio de Arruda Sampaio disse que “revogar a função social da terra não é democrático e não atende as necessidades do povo brasileiro. Se isso for retirado, esse enorme potencial de produção será retirado do Brasil.”Ele apelou aos senadores para que “não emprestem seus prestígio para proteger produtor improbo”, enfatizando que “não há razão para defender pilantra, malandro.” Segundo ele, suprimir o GUT vai beneficiar os “grileiros”. A proposta do governo para atualização dos índices é baseado Produção Agrícola Municipal (PAM), banco de dados mantido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por microrregião geográfica. Isso significa que deverá haver diferença de índices de região para região e de cultura para cultura. Versão desmontadaEm resposta à senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), o ministro disse o governo federal não repassa recursos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ou a qualquer outro movimento social. Ele afirmou que o repasse de recursos pelos ministérios segue a legislação vigente, que veda financiamentos a movimentos sociais.Cassel esclareceu que todos os convênios firmados pelo Incra são fartamente fiscalizados pelo Ministério Público, pela CGU (Controladoria Geral da União), pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pelos tribunais estaduais. E explicou que dos 115 milhões de reais apontados pela senadora como repasse ao MST, 65 milhões foram direcionados a Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e outra parte foi encaminhada para duas entidades que promovem assentamentos rurais, por exigência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em acordo firmado ainda no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. O restante foi para as Federações de Trabalhadores na Agricultura (Fetag) de Mato Grosso, Bahia e São Paulo.“Não me parece que as Emater e o BID estejam a serviço do MST. Por isso, considero que, com essas explicações, está desmontada essa versão do repasse desses recursos”, conclui Cassel.De BrasíliaMárcia Xavier

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PMDB de Brumado entre a cruz e a espada

O Brasil tem passado nos últimos anos (era Lula), momentos de muita esperança. O projeto político encabeçado pelo PT vem demonstrando dentro de suas limitações, ou seja, dentro de um quadro de correlação de forças não tão favorável, à verdadeira e necessária mudança que nosso povo tanto aguarda, Acredito que é preciso ampliar a base do governo Lula, conquistar mais partidos políticos do campo centro esquerda e dentro desta base, fazer com que os partidos progressistas compreendam a importância de avançarmos este projeto rumo à construção de um Brasil soberano, justo e democrático.
No âmbito desta conjuntura, a Bahia em 2006, conseguiu afastar do poder uma força política que historicamente já se achava donos da maquina administrativa de nosso estado. A derrota do carlismo significou a renovação da esperança do povo baiano que conviveu por muito tempo com a intempérie do autoritarismo, arrogância e da prepotência dos mandatários de um estado opressor. Diante disto, compreendo que a derrota do projeto político do governo Lula é o retrocesso para o Brasil, pois significará a volta dos órfãos da ditadura, das privatizações e da política externa anti-soberana.
Na Bahia, o governo Jaques Vagner, tem conseguido significados avanços, tendo em vista, o desmonte do aparelho estatal patrocinado por sucessivos governos carlista. Hoje o povo baiano tem a possibilidade de discutir política sem o medo de outrora. Políticas importantes no campo da saúde, educação, juventude entre outros, tem demonstrado o quanto é possível fazer política em nosso estado com responsabilidade e respeito ao povo.
A unidade das forças política na Bahia que representam o projeto político do Governo Lula é fundamental e imprescindível na conjuntura atual e, quem não percebe isso, são os interesseiros de plantão, os oportunistas ou aqueles que nunca defenderam tal projeto, neste sentido, no caso especifico da Bahia, o Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), diga de passagem foi um agressivo opositor do governo Lula no seu inicio, para tanto não é de surpreender sua atitude frente ao governo de Jaques Vagner.
Feito as considerações em relação à importância do projeto político encabeçado pelo PT, vou neste momento tecer alguns comentários da atual conjuntura política que se apresenta na cidade de Brumado-Ba. Para isso, farei comentários sobre um artigo escrito pelo Senhor Adailton Miranda (advogado e ex-petista) que tem como título “PT de Brumado: briga por cargos no melhor estilo fisiológico”.
O Senhor Adailton Miranda, começa seu artigo fazendo duras criticas ao diretório municipal do Partido dos Trabalhadores de Brumado, nas figuras de Fredinho e Salvador da Farmácia, dizendo que os brumadenses foram surpreendidos com a postura oportunista e fisiologista do PT ao exigir os cargos ocupados pelo PMDB de Brumado. O mesmo nos faz acreditar que seria uma injustiça o PT querer os cargos ocupados pelo PMDB em Brumado, pois em suas palavras, o PMDB “comeu poeira e sal” para ajudar a mudar a Bahia, elegendo o governador Jaques Wagner e o Vice Edmundo Pereira Santos.
Primeiro é mais do que justo o PT como outros partidos da base do governo Jaques Vagner que atua no município de Brumado exigir os cargos ocupados pelo PMDB, pois o mesmo já não faz mais parte do governo, contraditório e estranho é a turma do PMDB de Brumado que está acostumado a ocupar cargos administrativos, na mais perfeita formula fisiologista que se tem conhecimento, não querer perceber que com a decisão do Ministro Geddel Vieira Lima de disputar uma vaga nas próximas eleições os colocam na oposição, sendo assim, teria por ética e senso do ridículo de entregar os cargos ocupados até o momento, o PMDB de Brumado precisa bater em retirada e fazer o seu papel republicano. É hora de largar o osso!
Mais à frente, o autor do artigo continua a rechaçar o ex-candidato a vice-prefeito na chapa composta pela deputada Marizete Pereira, e o membro do diretório municipal do PT de Brumado o Senhor Salvador da Farmácia dizendo que só aceitaram apoiar Marizete Pereira para prefeita se ganhasse o cargo de vice. “Oras bolas!” Nada mais que normal, na conjuntura de disputa política os partidos almejarem posições no poder executivo que venham a significar mais intervenção de suas idéias no âmbito de qualquer governo.
Neste sentido, o PT de Brumado foi firme, e na coerência de suas idéias buscou ocupar mais espaço no cenário político de Brumado, coisa que deveria ser feito por mais partidos políticos no município considerados de força eleitoral menor. O que se nota entre os brumadenses ao contrario do que disse, o autor do artigo, em relação ao PT, não é nenhuma surpresa, pois o Partido dos Trabalhadores como qualquer outro partido que ajudou a eleger Jaques Vagner em 2006 tem sim o direito de exigir a saída dos indicados pelo PMDB dos cargos em Brumado. E a surpresa maior ao nosso ver, é estes cargos continuarem nas mãos dos traidores do projeto político que levou Jaques Vagner ao Palácio de Ondina.
O certo é que o PMDB de Brumado está entre a cruz e a espada. De um lado está a possibilidade do vice-governador, Edmundo Pereira santos, convencer Geddel a voltar atrás, sendo assim, nas palavras do presidente da assembléia legislativa da Bahia, o deputado Marcelo Nilo, “à volta do PMDB é bem vinda, porém o mesmo voltará para o fim da fila”. Ou seja, se o ministro recuar, vai ser desmoralizado, neste sentido, o baluarte do PMDB de Brumado arrastará para os seios de seus correligionários Brumadenses a fraqueza típica dos covardes. Do outro lado se encontra a morte anunciada de uma força política no município de Brumado que ao longo de muitos anos governou a cidade de forma displicente, que não conseguiu renovar seus quadros políticos, fazendo com que os brumadenses optassem por uma alternativa política em 2004 que não espelha nem de perto os anseios dos brumadenses por mais participação na esfera governamental.
A chegada de Eduardo Vasconcelos (hoje PSDB) a prefeitura de Brumado foi fruto mais da incompetência do diretório municipal do PMDB, que não se renovou, que não abril espaço para os outros partidos políticos de sua base, fazendo com que os Brumadenses optassem por outra alternativa administrativa, do que por mérito próprio do atual prefeito de nossa cidade, que tem demonstrado em seu governo um revanchismo descabido e insensato. É preciso compreender que o interesse do povo de Brumado está acima de qualquer briga entre as forças políticas que atuam em nossa cidade.
Para terminar a nossa pequena contribuição, sobre a analise conjuntural do município de Brumado, gostaria de ressaltar a importância dos partidos de Brumado que compõem a base do governo Jaques Vagner que saiam unidos em favor da reeleição do Governador, pois significará o avanço das forças progressistas, o caminho mais curto para enterrarmos de fez os órfãos de ACM e, nesta conjuntura, aqueles que não entenderem que o melhor para a Bahia é o projeto político capitaneado pelo PT, é porque nunca teve realmente afinidade com tal projeto.
Neste contexto, solicito permissão aos petistas Brumadenses para transcrever parte da nota do diretório municipal do partido publicado em 08/10/2009. “Em política feita às claras, não há meio termo (...) os indicados pelo PMDB para ocuparem cargos de direção do governo do Estado em Brumado devem devolver, o quanto antes, os cargos para o governo que eles decidiram não mais fazer parte”. O trem da historia não pára, e aqueles que saíram por motivos de interesses pessoas, se conseguir pegar o mesmo na próxima estação, ficará nos fundos e não terá direito a janela. Boa sorte Ministro!

Agno Meira
Graduado em História pela Universidade do Estado da Bahia.
Ex-presidente da União dos Estudantes de Brumado
Membro do diretório do PCdoB em Brumado.

Esclarecimentos sobre últimos episódios do MST

9 de outubro de 2009
Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.
1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.
2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.
A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.
3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.
4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.
5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.
6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.
7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.
8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.
9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.
Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.
10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.
À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.
Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.
São Paulo, 9 de outubro de 2009
DIREÇÃO NACIONAL DO MST
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...