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ITABUNA: FALTA DE ESTRUTURA COLABORA COM O AVANÇO DA VIOLÊNCIA
O Governo
da Bahia aposta principalmente em dois instrumentos para combater a
violência: a criação de delegacias especializadas em homicídios e a
instalação de Bases Comunitárias de Segurança, similar às Unidades de
Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro. Em Itabuna, considerada a
oitava cidade mais violenta do país, nenhum desses equipamentos existe.
A criação
da Base Comunitária em Itabuna foi prometida pelo governador Jaques
Wagner em janeiro deste ano, mas até o momento nenhuma medida concreta
foi adotada no sentido de implantá-la. Cinco bases já funcionam na
capital do Estado, com bons resultados na redução da criminalidade.
O mesmo
ocorre com a Delegacia de Homicídios. Na semana passada, o delegado
Marlos Macedo, da 6ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin),
afirmou que a falta de estrutura física, pessoal e equipamentos são
obstáculos à instalação da especializada. Essa falta compromete a
eficiência da polícia no que se refere à investigação de crimes de
morte, facilitando a impunidade e, em consequência, estimulando os
criminosos.
A triste
situação da violência em Itabuna foi tema de matéria exibida nesta
terça-feira (15), no telejornal Bom Dia, Brasil (Rede Globo). Na
reportagem, foi mostrado um dado preocupante: cerca de 90% dos
homicídios cometidos na cidade estão relacionados ao tráfico de drogas e
a maioria é ordenada de dentro do Conjunto Penal de Itabuna. A matéria
destacou que o presídio é controlado por duas facções, que ocupam os
raios A e B e disputam o comando de pontos de venda de droga fora da
cadeia.
A
situação é conhecida pelas autoridades responsáveis pela área da
segurança, mas até o momento não houve qualquer providência. No
presídio, construído para 480 presos, vivem cerca de 1000 e, para
atenuar o problema da superlotação, a única medida prometida é a
transferência de 150 para Eunápolis. Restarão mais de 800 e a carceragem
continuará superlotada.
Ouvido
pela reportagem do Bom Dia Brasil, o sociólogo Carlos Alberto Gomes
afirmou que os bandidos de Itabuna perderam o medo de ser condenados,
pois continuam mandando de dentro da cadeia. Há poucos dias, uma batida
nas celas resultou na apreensão de 30 celulares, existindo denúncias de
que agentes penitenciários recebem suborno para permitir a entrada dos
aparelhos e outras “encomendas” dos detentos.
A
Secretaria Estadual da Administração Penitenciária tem conhecimento do
problema e a única medida que tomou até o momento, na tentativa de
controlar a situação, foi isolar os chefes das facções criminosas no
Conjunto Penal.
por: Politicos do Sul da Bahia
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